quarta-feira, 18 de maio de 2011

Antes engordar, que morrer!

Decepção.

Se você não é um louco suicida, certamente na sua declaração de óbito não terá como causa: Decepção. Agora, se você prefere não descartar essa possibilidade em último caso, já deixo de antemão o meu singelo Adeus!

Pai, mãe, namorado, marido, peguete, amante, amor da sua vida, ou melhor amigo. Seja no trabalho, na faculdade, cursinho, academia ou até mesmo na festinha. A decepção está presente em tudo e em todos. Mas antes de você apontar uma causa específica ou um culpado para as suas noites mal dormidas, olheiras ou parte de uma ‘’autodestruição’’ do seu corpo e/ou da sua mente, já parou pra pensar que o problema inicial pode estar em você? Sim! Em você!


A facilidade que temos em encontrar supostos culpados e dramatizar situações, propositalmente intensificando-as, é imensa. É muito mais cômodo transferirmos toda e qualquer culpa para terceiros, condenando-os, sem antes nos perguntarmos o que levou aquilo tudo a acontecer, qual é a nossa parcela de culpa, e no que ela colaborou para que uma decepção fosse gerada.  
Por experiência própria, reafirmo que, muitas vezes o problema inicial, e que torna de muitas situações simples, devastadoras, está em nós. Sabe por quê? Porque de um modo geral, temos o péssimo costume de despejarmos nas pessoas que amamos, ou até mesmo nas que encontramos o mínimo de afinidade, as maiores e mais intensas expectativas. Queremos sempre o melhor delas, esperamos que ouçam nossos conselhos e os siga, ainda que os mesmos, para nós, não passem daquilo que julgamos ser o certo, mas que na maioria das vezes quando estávamos em situações parecidas, sequer cogitamos a hipótese de seguir.


Eu sei que a sensação de ver uma pessoa que você deseja o melhor, e por isso se sente no dever de protegê-la, optando por caminhos estreitos, é angustiante. Fazer e ouvir juras de amor, e vê-lo se esvaindo por descuido ou comodismo, dói muito. Apostar todas as suas fichas na honestidade de alguém, e aos poucos perceber que colocar a mão no fogo seja por quem for, requer mais que sensibilidade ou vínculos sanguíneos, é revoltante. Assistir o desequilíbrio e fuga de alguém que você tinha como herói e que, por natureza, deveria ser a sua base, faz com que medos até então descartados, ressurjam. Sim, eu sei de tudo isso! Mas o ponto chave está em saber discernir determinadas situações, para evitar decepções contínuas no futuro.

Não espere de ninguém aquilo que, espontaneamente, você pode proporcionar, seja em qual sentido for. Por melhor que sejam as suas intenções, jamais tente impor conselhos, se houver necessidade dos mesmos, ofereça-os gratuitamente e sem cobranças. Aceite que por mais mágicos que tenham sido alguns momentos, eles tanto podem ser revividos, quanto podem ter um fim, e se por ventura esse fim chegar, aprenda a lidar com as escolhas feitas pelo outro. Independente do nível e grau de relacionamento, não basta o amor, respeito, e mudança apenas de uma parte, ninguém luta sozinho e por um objetivo já bloqueado por alguém.


Insistir em relações desgastadas e já desfeitas pelo tempo e circunstâncias, alimentar sentimentos ainda imaturos e completamente incertos, depositar esperança naquilo que no fundo nem você mesmo acredita. Viabilizar oportunidades que por diversas vezes já foram frustrantes, falta de controle emocional com reações inusitadas, esperar dos outros uma postura que você acha que teria, ou até mesmo colocar determinadas pessoas em um patamar muito alto de perfeição, só resulta em decepções. 

O importante é jamais esquecer que você tem controle do possível sofrimento a ser gerado. A proporção que ele vai tomar ou não na sua vida, e se a desilusão com o próximo será transformada em incentivo na busca pelo autoconhecimento, só depende de você. Procure tirar algo de proveitoso em cada situação vivida, desde as muito felizes às quase impossíveis de suportar. Não que isso te deixe livre de sofrer com o que está por vir, mas ao menos você terá aprendido a lidar melhor com aquilo, e naturalmente, terá uma visão mais madura de como enfrentar determinado momento.

É válido ressaltar que, assim como ao ler esse texto, provavelmente você lembrou de alguém que já te decepcionou, o mesmo pode acontecer com um outro alguém que você tenha feito o mesmo. Por isso, aprenda a fazer dos seus ouvidos um filtro, daquilo que a sua mente absorveu e que a sua boca quer expressar.

Decepção não mata, no máximo engorda!

Vai uma barra de chocolate, aí?




Socorro Dr. Rey!

Bem que eu poderia ser mais alta.
Acho que estou acima do peso.
Só precisava de um pouco mais de bumbum.
Daria tudo pra ter um cabelo liso.
Já existe silicone pra coxa?
Detesto meu sorriso de metal.
Adoraria não ter que usar sutiã de enchimento.
Tenho pavor do meu nariz.
Acnase e creme dental não têm nenhuma diferença.
Eu queria ter mais isso, menos aquilo, não gosto disso em mim.. Mas eu sou assim!


Confesso que Já dei razão a Vinícius de Moraes quando ele diz: ‘’Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental’’, já critiquei muito essas revistinhas de 1,99, que tem como capa mulheres mais artificiais que picolé de limão, e o conteúdo sempre são as dietas do chá, da planta, e das nuvens. Já me revoltei com a supervalorização da Sociedade quanto à beleza, desde uma simples vaga de emprego, até promoção de cargos, preferência em filas, oportunidades, atendimentos, e afins. Também fico indignada com tamanha futilidade da juventude atual, que tem como pré-requisito principal a beleza, na busca pelo o par que julgam ser ideal.


De que adianta o carinha ser lindo, cobiçado, popular, bem de vida, e quando vocês saem e ele resolve parar de te beijar e abrir a boca, você só ouve: ‘Blábláblábláblá Whiskas Sache’’?. Ou a mulherzinha boazuda, daquela que os seus amigos te chamam até de ídolo e falam que querem ser como você quando crescer, mas que só sabe falar os nomes da coleção de esmaltes da Penélope que ela tem? Pois é, no final das contas, não adianta de nada!
Se você é impulsivo e de primeira pouco se importa com inteligência, bom humor, simpatia, carisma e sintonia, no começo você até curte, mais duvido muito que passe de uma semana. Quando a sua ‘’carne’’ estiver saciada, dificilmente  terá tolerância para ouvir mais de dez minutos de asneiras. Agora, se você realmente tem um grande bloqueio quando, de início, percebe a total ausência de características mínimas para que aconteça qualquer coisa, aí sim, ou você vai ficar um bom tempo sozinho, partindo do princípio que o mundo está cada vez mais fútil que a Paris Hilton,  ou sua jornada será mais longa do que você imagina (ou gostaria).

Mas essa é a questão! Até onde vale a pena desperdiçar o gatinho ou a tchutchuca só por não saberem quanto é 9x4, ou o nome do Presidente dos Estados Unidos? Seguir (ou não) as dietas e tratamentos torturantes de beleza que o Groupon oferece em 6 vezes no cartão, se as suas amigas também adquirirem?  Olho pro corpo ou olho nos olhos? Morro de rir escutando uma piada ou morro de tédio por ele não saber falar nada? Bonito é quem me faz bem, ou quem me faz bem tem que ser bonito?


Perguntas, questionamentos, dúvidas e mais indagações.


Acho que a dica que eu daria, é colocar todas as características, entre elas defeitos, qualidades e estereótipo, em uma balança, somar isso às suas experiências vividas, tempo e grau de aproveitamento de cada uma, pesar e refletir se vale a pena mesmo continuar com a mesma mentalidade da época do colégio. E se durante a leitura desse texto, já tiver a resposta e optar pelo mais fácil, confortável e descolado, Parabéns! Tem um mundo cheio só de músculos, batons em neon e shortinho da bad boy pra você aproveitar. Se não, acho bom ligar pro Disk Galera antes que bata a deprê, pode demorar pra você encontrar a junção do que procura.



Tic-Tac

Quando você para pra prestar atenção naquele relógio velho de parede, talvez esse seja o som que mais te assuste. Seja pela velocidade inconstante do toque, se no caso o ‘’objeto’’ de análise for o passado, a riqueza de detalhes e emoções sentidas nele, que jamais se repetirão com a mesma intensidade que um dia aconteceu. Ou pela lentidão, quando comparamos essas lembranças, aos nossos sonhos e projetos de hoje.

As guloseimas que os seus avós adoravam  dar escondido pra você, as brincadeiras de pique com a galera da rua, as advertências da Escola que os seus pais não agüentavam mais assinar, ou pior, ter que convencê-los de que o Diretor queria conversar com eles,  o futebol nos finais de semana com os amigos ou as festinhas de pijama com as meninas. A primeira paixão, que fazia a conta de telefone  estourar no final do mês, o arrepio que você sentia toda vez que o seu professor de química  falava que o vestibular estava chegando, e abrir mão dos churrascos, festinhas e afins pra ficar lendo que: ‘’só sei que nada sei’’.

Pedir a gata em namoro para um monstro de 2m de altura que ela chama de papai, deitar no colo da sua mãe, ganhar um cafuné e perguntar se quando você pensa mais de 10 vezes em alguém durante o dia é porque está apaixonada. Colocar aquela blusa bege cafona que te deixa com aspecto de responsável, pra uma coroa metida fazer um interrogatório pra você e mais cinqüenta pessoas. O primeiro dia de aula na faculdade, o primeiro trabalho, a primeira desilusão, o primeiro carro, enfim. Tudo tem seu tempo, e tem tempo pra tudo. O que cabe a nós refletirmos, é de que forma exploramos o tempo que temos, e o que fizemos de proveitoso (mesmo sendo considerado errado), com o que tínhamos.

A história do ‘’Nasce, cresce, se reproduz e morre’’ é balela. É necessário viver. Aproveitar, dançar, sofrer, lutar, chorar, sorrir, amar, achar que aprendeu e depois chorar pela mesma coisa. Brincar, correr, beijar, pular, cair, jogar, sair, comprar brigas, se apaixonar, esquecer em um dia e se apaixonar por outro no dia seguinte. Se decepcionar, sofrer por opção ou optar por não sofrer, ter uma lição de vida com alguém que pra sociedade é inferior a você, mas que só você sabe a importância de quem te ensinou a dar valor à vida. Deixar de ir à praia com o pessoal pra passar o domingo à tarde vendo Faustão com os seus pais, engolir as suas lágrimas pra secar as dos teus amigos, ou derramá-las quando o mesmo olhar nos seus olhos e disser: ‘’Estou aqui com você, ta?.

Cabe à nós darmos o valor que queremos que as nossas vidas tenham.
Não dependa dos outros pra fazer aquilo que você pode fazer sozinho, não espere deles aquilo que você dar, não se arrependa nem se condene pelos seus erros do passado, afinal, você só é o que é hoje graças a eles, e quem pode decretar o que é certo ou errado? Se optar por continuar cometendo alguns, entenda e aceite que você vai sempre colher aquilo que plantar. Se liberte de qualquer tipo de preconceito, você definitivamente não é melhor do que ninguém. É só olhar pra sua celulite, não entender uma piada idiota na maioria das vezes, ou perceber o quanto é cabeça dura, e mesmo assim continuar sendo, que você vai notar que não está acima do bem e do mal como muitas vezes acha, quando olha com olhar de desprezo e julgamento pra alguém.

Ame e se declare; fique triste e chore; surpreenda-se e agradeça; se liberte dos pudores hipócritas que te impedem de realizar as suas vontades; não reprima aquilo que você está louca pra viver por medo de não dar certo, lembre-se sempre que a probabilidade é a mesma para ambos os resultados. Faça novas amizades, mas não deixe de lado quem te acolheu quando te faltavam as palavras; use chapinha nos seus cabelos, mas cuidado pra não valorizar demais isso e acabar queimando os seus neurônios. Neologismo à parte, ‘’clicheiramente’’ falando, aprenda na prática que ‘’ser’’ é muito melhor do que ‘’ter’’, só assim essa frase vai fazer sentido pra você.

Namore, apaixone-se, case-se, termine, viaje, volte.

Erga-se, esqueça, desapareça, conheça, ouça Lulu Santos.

Compreenda  que ‘’Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia’’, porque  ‘’Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos'', e não esqueça de ‘’que não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir’’.



Ele!

Às vezes nos pegamos pensando: ‘’Onde ele está?’’, ‘’Ele existe mesmo, ou só nas comédias românticas?’’, ‘’Quando ele vai cruzar o meu caminho?’’ e principalmente, ‘’Será que é ele?’’.


Nós mulheres, temos a mania jurássica de idealizá-lo. Tem que ser moreno, alto, bonito e sensual. Loiro, de olhos azuis, sincero e mais ou menos da minha altura. Tatuado, sorriso branquinho, bem humorado e estudioso. Tem que ter covinhas, ser independente, romântico e simpático.  
Criamos o estereótipo perfeito, há até quem faça listinhas, enumerando o grau de importância e preferência que essas características têm. Com isso, acabamos fantasiando de forma desenfreada o futuro, sem antes compreender que ele está longe de ser uma Ciência Exata.


Mas você já parou pra pensar que, enquanto você perde tempo procurando o cara perfeito, sonhando com esses tipinhos clichês que se encaixam no padrão que a sociedade impõe, e ouvindo músicas melancólicas, ELE pode estar mais ao seu alcance do que você imagina?
É, ele! Ele mesmo! Aquele que chega sem ligar a seta, que joga um charme encantadoramente barato pra você, que sutilmente dá um jeito de te conquistar sem que você perceba. Sim, ele sabe que você não pode perceber de imediato, do contrário, você se afastaria por receio ou medo de viver na realidade, os romances avassaladores das novelas de Manoel Carlos.
Sabe por quê? Eu te digo! Porque quando nos apaixonamos, assumimos riscos, nos envolvemos com o outro sem percebermos a intensidade, ficamos radiante com as coisas mais imbecis possíveis, e o bem e o mau dele, tornam-se nosso também. Mas é a insegurança de saber que assim como chegou, pode ir, que muitas vezes não nos deixa permitir que as coisas aconteçam como devem acontecer, ou melhor, como o destino quer.  


Mas não importa, ele sabe como agir. Vocês tiveram pouco contato, mas ele te conhece muito bem. Não.. não, vocês mal se viram, conversaram pouco, ele só sabe que os seus olhos são verdes e suas bochechas rosadas, porque a sua foto está na tela do computador dele. Mas acredite: Ele te conhece!
Ele é esperto, conseguiu passar por todos os estágios sem você notar. Curioso virtual – comentarista despretensioso – humorista de fachada - amigo – confidente - amor da sua vida. Opa! Como assim? Amor da minha vida? Ele? Logo ele? O mais complicado, o mais difícil, o mais ciumento. É, é ele mesmo!
E quando você tem o ‘’estalo’’ do que está acontecendo, já é tarde! Você já está rindo que nem uma boba olhando pra janela de bate-papo dele, toda derretida ouvindo ele cantar as suas músicas preferidas ao telefone, arrumando os cabelos no caminho pro trabalho caso dê a sorte de esbarrar com ele, contando as piadas mais idiotas só pra ele dar aquela risada gostosa que te faz ganhar o dia e sonhar com ela à noite, e deixar as suas amigas babando ouvindo você falar de como ele é incrível.


Então.. é aí que você se dá conta que, inexplicavelmente, quando você menos esperava, encontrou o seu Pronome Pessoal do Caso Reto, vulgo, Ele!