sábado, 9 de fevereiro de 2013

PERIGO! AFASTE-SE! MACHISCO EM RISCO!



Papo em mesa de bar é uma maravilha, né? 
A pizza na sexta-feira é uma delícia, o café na padaria é quase que essencial, o bate-papo dos Sites de Relacionamento até que ajudam bastante. Mas não tem jeito.. bar é bar!
As discussões tem outro sabor! Falamos da vida dos outros, filosofamos sobre o mundo, comentamos das pessoas ao redor, discutimos desde sexo a política, reclamamos do garçom desatento.. e noite a fora é assim. Eu até me arrisco a dizer que algumas das minhas melhores conversas foram no boteco.
Nos últimos meses, o assunto que eu mais tenho discutido nas mesas de bar é: ‘’Homem foge de mulher independente’’.  Acho que a maioria que lê/ouve de primeira, pode imaginar um cara machista que não quer ter por perto uma mulher que ganhe mais do que ele. Mas não é  só isso.
Por instinto, e muito antes da Dercy Gonçalves perder a virgindade, o homem tem aquela coisa de ser O Super Macho Protetor. De pisar na barata e fazer aquela cara de James Bond enquanto sacode o pé. De abrir o pote de palmito e, novamente, soltar o sorrisinho canto de boca do James. Fora quando pode exibir seus conhecimentos sem muita intervenção nossa. Ou quando, ainda que sutilmente, percebe que somos influenciáveis ao que lhes convém.
O homem não está acostumado (ou preparado), pra lidar com mulheres independentes. Mulheres que estão longe de ser a figura meiga, fofa e rosa que ele colocaria numa caixinha pra exibir. Mulheres que são fortes concorrentes a ganhá-lo no videogame. Mulheres que conhecem tanto quanto, ou melhor, sobre assuntos que, teoricamente, ele deveria dominar. Mulheres que conquistam seus amigos e faz com que sua presença seja mais que requisitada no churrasco de domingo. Mulheres que falam de sexo e drogas sem pudor barato. Mulheres com ouvidos preparados pro Chico ou pro James Hetfield. Mulheres que se mostram como são, e não se escondem por trás da capa frágil que oferecem. Mulheres que esmagam a barata.
Um carinho, um chamego, um abraço forte, ser cuidada, um pouco mimada, todas nós gostamos. Mas isso não dita regra de que somos seres frágeis, influenciáveis, só tomamos caipisaquê de Morango, usamos perfume com cheiro de Bubbaloo, e não falamos palavrão.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Amor de macho e fêmea.

Tanto bate até que fura? Não sei..

Acho que ele não foi feito pra mim, ou eu não fui feita pra ele. Vai saber!
Não combino muito com aquela ‘’mimosidade’’, a sensação de que tudo se transformou em costume e o costume virou rotina. Aquela coisa pacata, tranqüila e sem grandes surpresas, definitivamente não é comigo. E isso muito me preocupa.
Não pelo fato de ser diferente da maioria, porque em nada isso me incomoda. Contudo, a sociedade insiste em impor diversos padrões comportamentais que, às vezes, acaba colocando a prova a coragem que temos e o que realmente sentimos. Afinal, toda ação gera uma reação, que resulta em alguma conseqüência.
É aí que eu me questiono..
Até onde eu posso ser ‘’feliz’’ a - minha/dessa - maneira?
Quanto ‘’tempo’’ eu vou conseguir viver bem, ‘’só’’ a base de ‘’paixão’’?
Por quantos ‘’recomeços e términos’’ eu vou passar?
Porque é claro, todos nós sabemos que paixão um dia acaba. - Será? – 
(Será que ela não pode se renovar? Será que ela não pode variar? Será que ela não pode sofrer metamorfoses e voltar a ser paixão?)
Na verdade, eu considero a paixão, uma espécie de ‘’amor imaturo’’.
É claro que eu já chorei assistindo alguma comédia romântica, já confundi alguns sentimentos com amor, e acho uma gracinha esses casais de velhinhos juntos. Só que na prática, o processo de transformação da paixão pro amor, desencanta-me, gera dúvidas que me atormentam, e por fim, se eu não ‘’fugir’’ antes, pode até destorcer a minha essência

Na verdade, acho que eu ando sem paciência pro amor de macho e fêmea.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Contradição Pertinente.

‘’A minha zona de conforto, é o meu campo de batalha’’.

Não me recordo muito bem, mas acredito que ouvi essa frase em um Programa de Televisão.

No começo, achei um tanto quanto contraditório, notei que há um paradoxo, mas alguma coisa me chamou atenção nela. Alguma coisa que eu só compreendi horas depois.

A expressão ‘’Zona de Conforto’’, muitas vezes é utilizada para referir-se a alguém preguiçoso, que foge dos compromissos e responsabilidades, o que cultiva a famosa ‘’vida mansa’’. Contudo, a suposta contradição presente nas entrelinhas da frase, somado ao paradoxo gritante na mesma, fazem com que ela perca a popularidade inicialmente citada, e passe a ter um novo sentido, quiçá um lema de vida.

É claro que o autor pode ter tido diversas outras intenções ao escrever essa frase, mas obviamente, por ter me despertado interesse imediato em analisá-la, e por conseqüência, trazê-la para o período que eu estou vivendo, foi inevitável não fazer uma analogia mais complexa, melhor dizendo, aprofundada.

Acredito que, basta ler com calma, abstendo-se de qualquer pré-julgamento que as palavras iniciais carregam por si só, que ela pode ser facilmente compreendida. A expressão ‘’Zona de Conforto’’, perde um pouco do sentido vulgar que possui, ou passa a ter um novo significado, quando o autor a contrapõe com ‘’Campo de Batalha’’, transmitindo a primeira idéia de que o conforto e/ou descanso de alguém (?), é obtido através do seu esforço, da luta diária, como  uma espécie de ‘’refrigério’’, que só é alcançado com a própria superação, ou busca pela mesma.

Depois da explicação do suposto sentido ortográfico, intenções e mensagem a ser transmitida, e aplicação das mesmas quando relacionadas ao contexto, simplificando, depois dessa viagem toda, chegou no ponto em que eu queria!

Sem demagogia ou modéstia quanto a minha identificação com a frase, ela resume claramente o que de início me foi imposto de forma inesperada, que me trouxe de imediato uma sensação de impotência e desespero, mas que com o tempo, me fez compreender que de todo amadurecimento ‘’forçado’’, pode-se conquistar um aprendizado.

Por mais difícil que seja na hora, e por mais árduo e longo que seja o caminho até você encontrar a primeira solução que te impulsione a não desistir, a sensação de superar algo que você até então nunca imaginou que seria capaz, que você não foi preparada psicologicamente para enfrentar, e que inclusive afeta a credulidade das pessoas que estão ao seu redor quanto à força interior que você tem, é incrível.


É claro que o processo é altamente desgastante. O físico nem sempre reage bem com toda a tensão, o psicológico fica abalado, algumas pessoas se afastam porque você não é tão agradável como antes, você se sente frágil, mais sensível que de costume, passa a não ter tanto controle das suas emoções, e o que eu julgo pior, por experiência própria, é a perda da fé.

É então que você constrói o que eu costumo chamar de ‘’muro (inverso) de proteção’’. Acontece quando criamos a ilusão de que, para as coisas não piorarem, precisamos mudar o nosso ‘’eu’’. Porém, com o emocional vulnerável como conseqüência dos acontecimentos, ao invés de nos protegermos do que nos ‘’ameaça’’, na maioria das vezes criamos uma espécie de ‘’bloqueio interno’’, que age no sentido contrário a verdadeira intenção. Chegando até a nos colocar contra nós mesmos.

Com o passar do tempo, independente do tipo de ajuda ou conforto que você procurou, ainda que tenha te feito um ‘’mal’’, com a falsa sensação de que na hora era o melhor a fazer, você aprende que esses momentos foram fundamentais para o seu crescimento, evolução como indivíduo na sociedade, e principalmente, pra você comprovar que pode muito mais do que imagina. Os resultados decorrentes da sua persistência aperfeiçoam o autoconhecimento, e fazem com que a fé, que antes estava completamente adormecida, ressurja dos seus sonhos antes tidos como inalcançáveis. A palavra ‘’fracasso’’, é substituída por ‘’luta’’ e transformada em ‘’objetivo’’.


E o melhor disso tudo, é poder enxergar com admiração, e é claro, uma pitada de surpresa, que você não se conhece como supunha. A auto-suficiência ‘’não proposital’’, faz com que tenhamos uma idéia fixa do que somos, e até onde podemos ir. Contudo, ao enfrentar determinadas situações, compreendemos que não é a vida que nos limita, nós é que fazemos isso por receio de arriscar, dúvida de conseguir e medo de perder.


Então, a brilhante frase inicialmente citada, também pode ter um significado importante pra você, assim como tem pra mim. É no Campo de Batalha, também conhecido como VIDA, que você encontra descanso e conforto, uma vez que descobre que toda força que você precisa, se encontra dentro de você. 



quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fez ninho, criou asas e voou.

Ainda lembro com total nitidez do timbre da tua voz.

Seja gritando sarcasticamente o meu nome, e enfatizando o sobrenome nos seus momentos forçados de fúria comigo, seja na voz de bichinha que você adorava fazer pra me tirar quando eu gamava num carioca da gema, ou na tua voz de bebê carente, doido por um mimo. Ah.. aquela sua voz de bebê! Voz essa que nos proporcionou a impagável felicidade de rir horas e horas ouvindo um cara cheio de gírias como você,  transformado em um neném, o que não podia resultar em nada menos do que um apelido, ou melhor, quase que um codinome.

Risos. Começarei por eles, sempre foi a sua preferência.

Se não desloquei a mandíbula contigo, não desloco mais. Era manhã, tarde, noite e madrugada. Vinte e quatro horas por dia, trinta dias no mês, e de um a dois meses em um ano, assim. Rindo de chorar e chorando de ri.
Lembro como se fosse hoje que, com aquele seu jeitinho de me ludibriar, conseguia me envolver propositalmente nas maiores e mais divertidas enrascadas. Sem contar que por isso, noventa e oito por cento da população do Rio de Janeiro junto a você, passou a me chamar na maior naturalidade de neguinha.

As nossas conversas entre olhares que burlavam a lei do silêncio quando nos perdíamos e caíamos na gargalhada. E os nossos passeios, saídas e viagens? Aquele teu sorriso gostoso, que com a velocidade do carro, quando o vento batia brincava com ele. Os lugares que conhecemos e nos encantamos juntos, e que são a sua cara, fez com que eu me apaixonasse mais ainda por eles.
E como esquecer o seu ciúme? Aquela carinha de bebê com raiva que eu me divertia provocando. Seja dançando, paquerando, dando atenção pra outras pessoas ou até mesmo não passando da sua imaginação fértil. Assim, instantaneamente você fazia cara de poucos amigos, que não passava enquanto eu não te agarrasse.
Por falar em abraços, impossível não fechar os olhos e ainda sentir o calor e a intensidade dos mesmos que, independente da freqüência com que nos víamos, não deixava esvair o ar de saudade e um bem, mais que bem-querer. Não podia faltar também a brutalidade dos seus empurrões, puxadas, as vezes que me derrubava, apertava e batia. E eu sempre precisava te lembrar, em alto e bom som, que eu sou uma mulher, porque em minutos você se esquecia desse pequeno detalhe.

Foi você que me ensinou a apreciar qualquer tipo de arte, a entender o porquê de  preservar a natureza, a amar os animais, e me deliciar com Tom, Roberto, Elis e Vinícius de Moraes. Foi através da tua sensibilidade que eu entendi que o sol, o mar, a lua e as estrelas se comunicam o tempo todo com a gente, muitas vezes melhor do que muitas pessoas, basta darmos a devida atenção a eles.
Foi com você que eu dei a melhor gargalhada, aprendi os palavrões mais chulos, tive a conversa mais difícil, o carinho mais necessário, as aventuras mais loucas e o choro mais sofrido.

Foi você que me fez entender que a alegria de viver não pode ser interrompida pelos obstáculos que a vida coloca no nosso caminho, e que devemos revertê-los em forma de motivação para novas conquistas e sonhos, como tantas vezes você fez.
Com você compreendi que não é necessário o muito para ser feliz, e que a felicidade pode ser encontrada nas coisas mais simples possíveis. Seja em conhecer pessoas novas, mantendo as amizades sólidas, dar aquele chamego na família, sair um belo dia na rua e fazer tudo aquilo que te der na cabeça. Rir do tiozinho que tropeçou, da moça elegante que levou um jato de água do moleque que mal tirou a carteira, xingar o motorista que freou em cima, gritar o nome do seu time como se fosse a última palavra a ser pronunciada, ou ouvir um ‘’Deus lhe pague’’ sincero da velhinha que você ajudou a descer a calçada.

Mas também foi por você que eu tive que aprender que quando estamos fracos, é então que somos fortes. Que a vida não vale de nada se a gente não plantar e cultivar pra colher o amor, por menor que seja o nosso tempo nela. No meu vocabulário você é o sinônimo de amizade, têm o cheiro da saudade sentida e a nostalgia melhor vivida. Nos trabalhinhos de Escola sobre Amigos, é o seu nome que com lágrimas nos olhos e sorriso cantinho de boca que os meus filhos vão escutar quando vêem nossas fotos e perguntarem quem é você. E é a você que eu agradeço por me ensinar na prática, da forma mais valiosa possível, o verdadeiro significado da palavra TUDO. Por ter me deixado fazer parte do seu tudo, e por ser o meu tudo.  


Não há tempo para um até logo, tchau muito menos Adeus.
Apenas fique e continue me ajudando a passar adiante a lição de vida que me deu. Quero sentir a tua presença até que eu me junte a ti.

Piu, Pitiu, Partiu.

Mais que ontem, menos que amanhã.




Esse texto foi feito em homenagem a uma amizade incrível, entre duas pessoas muito queridas. E foi através do afeto, carinho e sinceridade contidos nas histórias relatadas, que com um pouco de sensibilidade e um leve toque de nostalgia daquilo que não vivi, e muito admirei, que pude escrever esse texto.
Já dizia O Pequeno Príncipe: ‘’O essencial é invisível aos olhos’’.





quarta-feira, 6 de julho de 2011

Meu Zen, meu bem ou meu mal?

Preto ou vermelho? Doce ou salgado? Ficar, ou namorar logo de uma vez? Meia calça ou legging? Troco ou fico com o mesmo? Ligo ou não ligo? Abandono ou procuro? Aceito ou me conformo? Permito-me ou é melhor manter-me reservada?

Escolhas.

Difíceis, por vezes banais, algumas que são tomadas sem sequer notarmos, outras que já exigem um pouco mais de tempo, contudo, indiscutivelmente, são essenciais.

Você já parou para pensar em quantas escolhas tem que fazer durante um dia? Decidir em segundos, e arcar com as conseqüências no minuto seguinte? Ok! Tudo bem! Essas, geralmente, não são tão sérias assim, (há controvérsias), por exemplo, se o Vídeo Show parar você na rua, e perguntar se gostaria de se transformar em um determinado artista, e na gravação, que seria durante o seu expediente de trabalho, o seu Chefe te ver na TV Globo, é, isso pode te gerar problemas. Mas, são escolhas não é mesmo?

Por outro lado, existem as escolhas que mal notamos quando estamos na posição de tomá-las, ou que julgamos não merecer tanta importância. Como os sabores de um suco, afinal, já temos as nossas preferências. A cor de uma roupa, que basta alguém dar aquele empurrãozinho que já decidimos. Escolher a noitada da vez, a casa de qual amigo será a reunião, se é melhor cobrar vinte ou trinta reais na entrada da Festa Junina. Se eu vou com algo mais confortável, ou opto por sofrer elegantemente, se espero o almoço demorado dos domingos ou preparo um macarrão instantâneo. Mas não deixam de ser: Escolhas!  


Existem também as denominadas ‘’complicadas’’. Aquelas que quanto mais pensamos, mais nos encontramos perdidos ou desprotegidos, sem coragem e ousadia para decidir. Por mais simples que pareçam aos olhos de terceiros, só nós sabemos o resultado que determinada decisão pode gerar no futuro.  As que exigem a ativação do nosso lado mais racional, até nos deixa de certa forma coagidos, mas com um pouco de esforço, conseguimos fazer a melhor opção (ou mais sensata para o momento), e seguimos em frente. Seja na escolha de qual curso prestar no vestibular, continuar no emprego atual ou arriscar uma nova oportunidade, a tão sonhada compra de um imóvel. Ligar ou não para o ‘’paquera’’, e ser sincera quanto aos seus sentimentos, desistir ou persistir em histórias que o destino já finalizou ou deu uma ‘’pausa’’. Escolhas, não passam de escolhas!

Agora, aquelas que afetam bruscamente um lado, cujo, diversas vezes nos enganamos acreditando que temos total controle, mas no fundo sabemos que vai além de qualquer racionalidade, viabilidade ou bom senso, essas sim são decisões e escolhas verdadeiramente difíceis.


A questão é: Escolho a opção que exige muito esforço, foco, dedicação e renúncia hoje, independente se vou abrir mão de amores, amigos e o que me faz bem, para que amanhã eu colha bons frutos, (correndo o risco de colhê-los sozinho ou relativamente longe de quem você abdicou, e com uma torturante nostalgia do que não foi vivido e aproveitado na época certa). Ou deixo um pouco de lado a ciência exata que a vida não é, e priorizo a paz de espírito, bem-estar, e felicidade de alma, que no final das opções, escolhas e resultados, é o que todos procuram, (ainda que de forma errônea)?

É aí que as mãos começam a suar, o receio surge, o medo insiste em intimidar, e as opiniões e conselhos dos outros, só alimentam a confusão dos nossos pensamentos. Não dá mais para fechar os olhos e cantar: “Mamãe mandou eu escolher esse daqui, mas como eu sou muito teimosa, escolho esse da-qui!”, e tudo se resolver. Seria muito bom, mas infelizmente, as decisões que um adulto, que vive em sociedade, e recebe aquilo que cultiva, não podem ser tomadas como uma brincadeira de Ciranda.  

Não sejamos hipócritas! Sem dúvidas o dinheiro é importante, inclusive muitos momentos felizes são proporcionados graças a ele, ter status e sucesso é bacana, realizar-se naquilo que almeja, muito mais, e como dizem, ‘’para cada escolha há uma renúncia’’. Entretanto, muitas vezes a falta de credulidade no amor, ousadia para arriscar e coragem para optar por aquilo que a sua racionalidade não prevê o resultado, te impede simplesmente de cogitar a hipótese de tentar conciliar determinadas escolhas.

Caso não exista essa possibilidade, por mais difícil que seja, procure encarar da seguinte forma: Hoje X Amanhã. Não como uma ‘’competição’’, e sim aquilo que você prioriza como felicidade e que te complete como ser humano, que indiscutivelmente vai refletir no seu exterior, e naquilo que você vai poder passar de positivo pras pessoas que ainda vão cruzar o seu caminho. E é então que recomeça aquela famosa ‘’Cadeia Alimentar da Alma’’: Escolhas bem tomadas – Bem-estar – Paz – Reflexo no, e para com o Próximo – Retorno em dobro do que foi cultivado.   


Sim ou não. Isso ou aquilo. Este ou aquele. Aqui ou ali.


A vida é feita de escolhas. Elas podem maquiar o encanto do passado, comprometer o presente, e tirar o futuro dos trilhos que o destino reservou. Cuidado com as suas!



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Se amar, beba!

É um tanto do muito, um muito do nada e um quase de tudo.

Tem um pouco dalí, com isso misturado, talvez dê naquilo.

Sabores, porções e quantidade.

Pronto! A minha vitamina está pronta! Opa! Pronta? Mas faltou misturar os ingredientes, colocar no liquidificador, peneirá-los, servir com cuidado para não derramar, para então, na medida certa (ou quase), apreciar.

Êi! Estamos falando de vitamina, aquela de banana com aveia, ou a de morango ao leite, ou não passam de metáforas que tentem retratar o amor? É, confesso que eles podem ser facilmente comparados.

Há quem diga que é fogo que arde sem se ver, outros já preferem acreditar que é um tédio sem remédio. Procuramos entendê-lo através de músicas, das calmas às mais agitadas, poesias, textos aleatórios, experiências de um e de outro, Programas de TV e revistinhas de Horóscopo. Buscamos respostas em Drummond, questionamos Roberto Carlos, rimos com Clarisse, e inevitavelmente concordamos noventa por cento com a minha querida, Martha Medeiros.

Mas a cada nova situação envolvendo esse tal de ‘’amor’’, voltamos a estaca zero.

Abastecemo-nos de coragem, ânimo e auto-estima quando trocamos experiências com outras pessoas, transparecemos um bom humor um tanto quanto resistente, parecemos quase indestrutíveis. Passamos a imagem de que praticamente mandamos no nosso coração, e em minutos, sem percebermos, nos vestimos de um sarcástico personagem. Somos o retrato da autoconfiança enquanto folheamos revistas com textos de auto-ajuda, até ficamos um pouco comovidos com alguns poemas, estremecemos um pouco com a letra daquela música que o motorista adora colocar quando entramos no ônibus, mas rapidamente arranjamos alguma distração para que aquilo não crie raiz.

A verdade é que nada disso adianta.

Não sobrevivemos de experiências alheias. Ainda que, momentos difíceis que pessoas queridas ao nosso redor tenham vivido nos inspire, ou de certa forma, nos desperte para tomarmos cuidado caso aconteça parecido conosco, só compreendemos o quanto dói, quando passamos por situações semelhantes, que nos exija muito mais do que supomos que somos capazes de suportar.

Ou o contrário. Histórias divertidas e intensas, de uma paixão avassaladora ou um amor pacato, precisam ser vivenciadas por cada um de nós. Em cada gesto sincero, um olhar comprometedor, abraços apertados, ou discussões interrompidas por um beijo apaixonado. Quer melhor? Tudo termina como começou! Devemos sugar todas as declarações inesperadas que desfazem qualquer insegurança boba, os sorrisos encabulados e as melhores besteiras ditas. Mas não se engane, o amor não se baseia nem é sustentado só pela parte ‘’boa’’.

As noites em claro repletas de ‘’porquês’’ e ‘’serás’’, a ansiedade incontrolável e torturante de uma chegada, a agonia de uma espera, o anseio pelo dia seguinte, ou o momento da ‘’tal’’ conversa. Os dias corridos, o acúmulo de estresse e a atenção dividida. Sim! O amor também necessita da parte difícil da relação. E até ouso dizer que, muitas vezes, cultivando-o bem em momentos ‘’não propícios’’, é onde ele  verdadeiramente é reconhecido, e conseqüentemente só aumenta.
Afinal, amar o bom é fácil, ser recíproco quando se tem tempo, não é uma das tarefas mais difíceis, muito menos desfrutar da disponibilidade e positividade do outro. Agora, amor, amor mesmo, cresce, se mantém forte e é sustentado independente da circunstância, é claro, desde que ambos estejam de acordo.    

Mas o amor é assim mesmo, exatamente como o preparo de uma boa vitamina.
É necessário escolher os melhores ingredientes, com cuidado, sem pressa. Após identificá-los, faça a junção dos mesmos, mas saiba diferenciá-los, para que, quando você for provar, não confunda o seu paladar. Misture, mexa, mas seja cauteloso, impeça a passagem do que é perecível e futuramente estrague o que, hoje, você está se empenhando tanto em preparar.



Após isso, beba-o, lambuze-se e se farte.





quarta-feira, 18 de maio de 2011

Antes engordar, que morrer!

Decepção.

Se você não é um louco suicida, certamente na sua declaração de óbito não terá como causa: Decepção. Agora, se você prefere não descartar essa possibilidade em último caso, já deixo de antemão o meu singelo Adeus!

Pai, mãe, namorado, marido, peguete, amante, amor da sua vida, ou melhor amigo. Seja no trabalho, na faculdade, cursinho, academia ou até mesmo na festinha. A decepção está presente em tudo e em todos. Mas antes de você apontar uma causa específica ou um culpado para as suas noites mal dormidas, olheiras ou parte de uma ‘’autodestruição’’ do seu corpo e/ou da sua mente, já parou pra pensar que o problema inicial pode estar em você? Sim! Em você!


A facilidade que temos em encontrar supostos culpados e dramatizar situações, propositalmente intensificando-as, é imensa. É muito mais cômodo transferirmos toda e qualquer culpa para terceiros, condenando-os, sem antes nos perguntarmos o que levou aquilo tudo a acontecer, qual é a nossa parcela de culpa, e no que ela colaborou para que uma decepção fosse gerada.  
Por experiência própria, reafirmo que, muitas vezes o problema inicial, e que torna de muitas situações simples, devastadoras, está em nós. Sabe por quê? Porque de um modo geral, temos o péssimo costume de despejarmos nas pessoas que amamos, ou até mesmo nas que encontramos o mínimo de afinidade, as maiores e mais intensas expectativas. Queremos sempre o melhor delas, esperamos que ouçam nossos conselhos e os siga, ainda que os mesmos, para nós, não passem daquilo que julgamos ser o certo, mas que na maioria das vezes quando estávamos em situações parecidas, sequer cogitamos a hipótese de seguir.


Eu sei que a sensação de ver uma pessoa que você deseja o melhor, e por isso se sente no dever de protegê-la, optando por caminhos estreitos, é angustiante. Fazer e ouvir juras de amor, e vê-lo se esvaindo por descuido ou comodismo, dói muito. Apostar todas as suas fichas na honestidade de alguém, e aos poucos perceber que colocar a mão no fogo seja por quem for, requer mais que sensibilidade ou vínculos sanguíneos, é revoltante. Assistir o desequilíbrio e fuga de alguém que você tinha como herói e que, por natureza, deveria ser a sua base, faz com que medos até então descartados, ressurjam. Sim, eu sei de tudo isso! Mas o ponto chave está em saber discernir determinadas situações, para evitar decepções contínuas no futuro.

Não espere de ninguém aquilo que, espontaneamente, você pode proporcionar, seja em qual sentido for. Por melhor que sejam as suas intenções, jamais tente impor conselhos, se houver necessidade dos mesmos, ofereça-os gratuitamente e sem cobranças. Aceite que por mais mágicos que tenham sido alguns momentos, eles tanto podem ser revividos, quanto podem ter um fim, e se por ventura esse fim chegar, aprenda a lidar com as escolhas feitas pelo outro. Independente do nível e grau de relacionamento, não basta o amor, respeito, e mudança apenas de uma parte, ninguém luta sozinho e por um objetivo já bloqueado por alguém.


Insistir em relações desgastadas e já desfeitas pelo tempo e circunstâncias, alimentar sentimentos ainda imaturos e completamente incertos, depositar esperança naquilo que no fundo nem você mesmo acredita. Viabilizar oportunidades que por diversas vezes já foram frustrantes, falta de controle emocional com reações inusitadas, esperar dos outros uma postura que você acha que teria, ou até mesmo colocar determinadas pessoas em um patamar muito alto de perfeição, só resulta em decepções. 

O importante é jamais esquecer que você tem controle do possível sofrimento a ser gerado. A proporção que ele vai tomar ou não na sua vida, e se a desilusão com o próximo será transformada em incentivo na busca pelo autoconhecimento, só depende de você. Procure tirar algo de proveitoso em cada situação vivida, desde as muito felizes às quase impossíveis de suportar. Não que isso te deixe livre de sofrer com o que está por vir, mas ao menos você terá aprendido a lidar melhor com aquilo, e naturalmente, terá uma visão mais madura de como enfrentar determinado momento.

É válido ressaltar que, assim como ao ler esse texto, provavelmente você lembrou de alguém que já te decepcionou, o mesmo pode acontecer com um outro alguém que você tenha feito o mesmo. Por isso, aprenda a fazer dos seus ouvidos um filtro, daquilo que a sua mente absorveu e que a sua boca quer expressar.

Decepção não mata, no máximo engorda!

Vai uma barra de chocolate, aí?