Papo em mesa de bar é uma
maravilha, né?
A pizza na sexta-feira é uma
delícia, o café na padaria é quase que essencial, o bate-papo dos Sites de
Relacionamento até que ajudam bastante. Mas não tem jeito.. bar é bar!
As discussões tem outro sabor!
Falamos da vida dos outros, filosofamos sobre o mundo, comentamos das pessoas
ao redor, discutimos desde sexo a política, reclamamos do garçom desatento.. e
noite a fora é assim. Eu até me arrisco a dizer que algumas das minhas melhores
conversas foram no boteco.
Nos últimos meses, o assunto que
eu mais tenho discutido nas mesas de bar é: ‘’Homem
foge de mulher independente’’. Acho
que a maioria que lê/ouve de primeira, pode imaginar um cara machista que não
quer ter por perto uma mulher que ganhe mais do que ele. Mas não é só isso.
Por instinto, e muito antes da
Dercy Gonçalves perder a virgindade, o homem tem aquela coisa de ser O Super
Macho Protetor. De pisar na barata e fazer aquela cara de James Bond enquanto
sacode o pé. De abrir o pote de palmito e, novamente, soltar o sorrisinho canto
de boca do James. Fora quando pode exibir seus conhecimentos sem muita
intervenção nossa. Ou quando, ainda que sutilmente, percebe que somos
influenciáveis ao que lhes convém.
O homem não está acostumado (ou
preparado), pra lidar com mulheres independentes. Mulheres que estão longe de
ser a figura meiga, fofa e rosa que ele colocaria numa caixinha pra exibir.
Mulheres que são fortes concorrentes a ganhá-lo no videogame. Mulheres que
conhecem tanto quanto, ou melhor, sobre assuntos que, teoricamente, ele deveria
dominar. Mulheres que conquistam seus amigos e faz com que sua presença seja
mais que requisitada no churrasco de domingo. Mulheres que falam de sexo e
drogas sem pudor barato. Mulheres com ouvidos preparados pro Chico ou pro James
Hetfield. Mulheres que se mostram como são, e não se escondem por trás da capa
frágil que oferecem. Mulheres que esmagam a barata.
Um carinho, um chamego, um abraço
forte, ser cuidada, um pouco mimada, todas nós gostamos. Mas isso não dita
regra de que somos seres frágeis, influenciáveis, só tomamos caipisaquê de
Morango, usamos perfume com cheiro de Bubbaloo, e não falamos palavrão.
sou eu! amei o texto :D
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